Apesar de muito próxima do Brasil, a Argentina nem sempre é um destino conhecido dos brasileiros. Se você optar por visitar os nossos "hermanos", não deixe de experimentar as opções gastronômicas a seguir e, claro, tome muito cuidado com o "portunhol".
Não deixe de experimentar:
Empanadas: os salgadinhos preferidos da Argentina.
Alfajor: é uma pechincha.
Facturas: massa, creme e açúcar de confeiteiro.
Parrilla: Buenos Aires sem carne, não é Buenos Aires.
Mil Hojas: mil folhas de doce de leite.
Buenos Aires não tem crise de identidade. É Buenos Aires até debaixo das águas do Rio da Prata. A capital e maior cidade da Argentina esbanja personalidade e tem um ego do tamanho da Casa Rosada. Basta lembrar um tango à meia-luz, a figura de Evita Péron, o aroma de uma parrilada, um passeio pela Calle Florida, e pronto: é Buenos Aires. Inconfundível Personalíssima, a cidade reflete o jeito de seus bairros. A região central, ao redor da Praça de Maio, preserva a Buenos Aires oficial, com a sede do governo se abrindo para a praça. As mães da Praça de Maio ainda se reúnem para lutar pelo direito de saber onde estão os filhos desaparecidos durante o regime militar. Mas também exibe avenidas largas, igrejas coloniais, ruas para pedestres e teatros líricos – o Colón tem uma das melhores acústicas do mundo.
Tango à meia-luz No popular bairro de La Boca, casas revestidas de chapas metálicas e pintadas em cores vivas dão um toque particular. No tradicional San Telmo, construções coloniais restauradas abrigam artistas de todo tipo. No elegante La Recoleta, os melhores bares e restaurantes portenhos – e o agito mais cult da cidade. Em Palermo, áreas verdes para descarregar todo o estresse da semana. Sem Buenos Aires, não é exagero dizer, não haveria a Argentina – ou a idéia que se tem da Argentina. A capital concentra um terço da população do país e soma mais de 11 milhões de habitantes na região metropolitana, liderando todos os setores da vida nacional, do administrativo ao político, do cultural ao industrial. A mais européia das metrópoles latino-americanas é a alma da Argentina. Buenos Aires se assenta na margem meridional do estuário do Rio da Prata, mas não é de ficar olhando as águas passarem. Pelo contrário, prefere viver. De dia e de noite – é comum encontrar famílias inteiras passeando de madrugada. Se possível, com a paixão de um tango à meia-luz.
O que ver e fazer No centro da cidade, está a maior parte das atrações turísticas. Caminhar pela região é a melhor maneira de conhecer cada local. Comece pela Praça de Maio, palco de alguns dos principais fatos históricos do país, como o movimento pela independência. Inclua também em seu roteiro as regiões de Palermo, San Telmo e a chique La Recoleta. Praça de Maio: Buenos Aires começou nessa praça. Ponto histórico mais importante da Argentina, já foi palco de muitos conflitos e manifestações. Tradicionalmente, os líderes argentinos falam do balcão da Casa Rosada para a população concentrada na Praça de Maio. Casa Rosada: Sede do governo argentino e residência dos presidentes, foi construída em 1894 sobre as fundações de antigas construções. O prédio tem uma pequena galeria com vários objetos antigos pertencentes a heróis nacionais. Catedral de Córdoba: Uma das primeiras igrejas de Buenos Aires, construída entre 1758 e 1827 sobre as ruínas de outra igreja. A construção apresenta 12 pilares neoclássicos que representam os 12 apóstolos de Cristo. Calle Florida: Com várias lojas, cafés, músicos populares e artistas, a Florida é uma das ruas mais movimentadas da região. Ponto obrigatório para quem quer fazer compras. Teatro Colón: Inaugurado em 1908, é até hoje um dos maiores e mais bonitos teatros de ópera do mundo. Fica na Avenida 9 de Julho, entre as ruas Tucumán e Viamonte. Além de todo o requinte do interior do teatro, ainda é possível conhecer as oficinas onde são feitos os cenários e os figurinos das óperas. Puerto Madero: A antiga região portuária da cidade transformou-se em atração turística depois de uma reformulação urbanística. Depois de desativados os velhos depósitos de mercadorias que enfeiavam a região, foram criadas áreas residenciais e comerciais, que preservam o desenho original dos velhos armazéns, com suas paredes de tijolos à vista e estruturas de ferro. Avenida 9 de Julho: A mais larga do mundo (segundo os argentinos), também é um passeio imperdível. Para que os militares a construíssem, em 1936, foram derrubadas várias mansões em estilo francês. A avenida abriga o Obelisco, Feira de San Telmo: Acontece todos os domingos na Praça Dorrego, no bairro de Palermo. O local é tomado por quase 300 postos de venda de antigüidades. Agitam a feira músicos, cantores e bailarinos de tango, mímicos e danças populares. Parque de Palermo: O maior parque da região, com lagos, jardim japonês e diversas alamedas. Museu Nacional de Belas Artes: Coleções abarcam desde obras da Idade Média até as de artistas contemporâneos. Sua biblioteca contém aproximadamente 30 mil volumes abertos à consulta. Fica no bairro de La Recoleta. Museu de Arte Hispanoamericano: Dedicado a preservar as testemunhas das diversas variantes do patrimônio folclórico e tradicional argentino. Museu de Arte Moderna: Antigo depósito de tabaco que foi reciclado arquitetonicamente. Encontra-se aqui um bom acervo de coleções concretistas, informalistas, de neofigurativos argentinos e internacionais.
Museu da Cidade: Coleções reúnem objetos muito variados, desde pequenos, como um botão, a grandes, como móveis. Localizado numa casa construída em 1894, no bairro histórico de Montserrat. Trem de La Costa e Delta do Rio Tigre: O delta, formado por cerca de 350 rios, riachos e canais, possui infra-estrutura com pousadas, centros recreativos, restaurantes e clubes náuticos. O lugar passou um bom tempo abandonado, mas nos últimos anos houve uma grande preocupação em recuperar o encanto e atrair os habitantes de Buenos Aires para a região. Com o intuito de aumentar o fluxo de turistas, foi construído o Trem de La Costa, que sai da estação de Borges e percorre a região da costa do Rio de la Plata até chegar ao delta. São 11 estações ao todo, sendo que oito delas foram remodeladas e algumas ganharam lojas e restaurantes. No caminho, vale a pena parar em San Isidro para conhecer a província e a famosa catedral da cidade. Culinária Para quem gosta de carne, Buenos Aires é um paraíso. Mesmo com todos os seus hábitos europeus, o argentino não dispensa um bom chorizo (um tipo de bife enorme) ou uma parrillada (mistura de várias carnes). Mas se essa não é sua área, não se desespere, já que a metrópole oferece opções para todos os gostos. O que comprar Os produtos argentinos que mais fazem sucesso entre os turistas são os feitos em lã ou couro. Para artigos de primeira qualidade, os melhores endereços ficam na Avenida Santa Fé. O cashmere argentino também é muito famoso. A qualidade não é a mesma do inglês, mas é mais barato e mais bonito. As melhores lojas estão na Calle Florida. Quem estiver interessado em antiguidades encontrará uma boa variedade na feira de San Telmo. Já a feira de artes do Caminito é um bom lugar para os garimpadores de obras de artistas locais. Para aquele presentinho de última hora, fachadas de tanguerias famosas (à venda nas feiras de arte) ou pôsteres de Carlos Gardel (vendidos em toda a cidade) fazem sucesso.
Dicas Quando ir: Qualquer época do ano. No inverno, a temperatura pode chegar a 0 °C, com a umidade do ar aumentando ainda mais a sensação de frio. Para quem gosta de baixas temperaturas, julho e agosto são os melhores meses para visitar a cidade. Em janeiro e fevereiro os dias podem ficar muito quentes e úmidos. Nesse período, muitos argentinos viajam para a praia ou montanha. Em maio, início de outono, a temperatura varia de 10 °C a 20 °C, mas os dias são ensolarados e o céu, azul. Como circular: Buenos Aires ainda é considerada uma cidade segura e ideal para quem gosta de andar a pé. Nem vale a pena alugar um carro. Além de ser muito caro, o trânsito é caótico e é difícil achar lugar para estacionar. Uma outra opção são os táxis, cujas corridas são relativamente baratas e podem ser pagas em dólar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário